Conheça o projeto Necropsycho

Carmine Tarsitano, 37 anos, natural de Guarulhos e criado em Nekropolis, uma das casas mais queridas da cena underground, hoje com 3 álbuns lançados, há 20 anos criava o projeto de darkpsy Necropsycho, um dos pioneiros do Brasil e do mundo na vertente.

Carmine sempre foi ligado à música, e por meio dos toca discos de seu pai veio o primeiro contato com o rock e a música eletrônica, onde surgiram também outros interesses.

“Aconteceu tudo ao mesmo tempo, eu conheci um DJ que veio montar a aparelhagem que meu pai comprou, e então eu fiquei curioso em saber como funcionavam mixagens e scratches com vinil, e depois, com o tempo, a curiosidade em saber como a música eletrônica era criada.”

Assim, há 20 anos surgia o projeto Necropsycho, baseando-se nas primeiras noções do que viria a ser o darkpsy, mas com personalidade própria e influências com de música folk e ritmos étnicos ancestrais. Seu trabalho é reconhecido mundialmente, tendo se apresentado em países da América do Sul e Central, Europa, Índia e em grandes festivais brasileiros. Suas apresentações são marcadas por longos rituais aplicados de maneira única e experimental, despertando no ouvinte um amplo espectro de sensações e sentimentos, com objetivo de criar uma conexão espiritual para além do limite religioso.

O nome Necropsycho, de início, foi criado por ter nome de peso voltado a algo obscuro/dark. Porém, com o passar dos anos e experiências com toda sua jornada ele conseguiu compreender o porquê dessa intuição. “Percebi a ligação do nome com a vida, jornada da vida, morte. Nosso alinhamento do propósito que é a vida.”.

Um dos momentos mais marcantes de sua trajetória foi o evento realizado pela Pachamama Crew, Necropsycho 24h. O evento foi realizado em São Paulo, especificamente em Mairiporã, no Estância Belvedere. Esse ano, em comemoração aos 20 anos de projeto, será realizada a 2ª edição do evento Necropsycho 24h também organizado pela Pachamama Crew, em Mogi das Cruzes.

Em meados de 2008, quando o projeto Necropsycho foi reconhecido mundialmente, uma nova etapa veio para o seu projeto. “Quando comecei a tocar fora do país, em meados de 2008, foi muito gratificante como artista. Lançar músicas em compilações, aprender inglês, conhecer novas culturas, isso tudo através da minha música, demandou muito esforço, dedicação e horas incessantes de estudo e produção.”.

Seu processo de criação pode variar, desde como está se sentindo até a inspiração do momento. Com três álbuns lançados, um dos mais “trabalhosos” foi o “Anima Animus”, demorando cerca de 6 a 7 anos. Ele foi lançado no ano de 2020 com 18 músicas. Suas influências para a criação de músicas e álbuns são por meio de temas que acabam surgindo por meio de algum encontro dele com ele mesmo.

Seu álbum “Esfera”, lançado em 2022, demorou cerca de 2 anos e a inspiração foi um encontro de dois momentos, passado e presente. “O álbum mais recente, Esfera, foi uma conexão do passado com o presente, onde trouxe o Goa Psytrance em peso nas músicas. O DJ Nuccho em sincronia com o produtor Necropsycho.”.

Para Nuccho, tocar é o seu momento, onde ele se sente com ele mesmo em tomar decisões a cada minuto conforme o feedback da pista de dança

Além de DJ e produtor musical, Nuccho também tem experiência como designer, pintura com tinta óleo, música terapia, massoterapia e metafísica.

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Créditos da foto: Lauro Medeiros