Conheça o projeto TormentO
- olhar cósmico
- 4 de jul. de 2023
- 4 min de leitura
Willian Victor Feitosa Silva, 22 anos, natural de Osasco, São Paulo, integrante das gravadoras Kultcha, The Endless Knot e Khnum Crew, é um artista que está conquistando seu espaço na cena eletrônica com o projeto Tormento, voltado para a vertente Dark Psychedelic. Willian encontrou sua paixão pela música através de influências familiares e amigos próximos.
"Sempre tive contato no meio musical, seja com a dança ou canto, meus irmãos e meus primos sempre foram bem envolvidos nesse meio, então sempre tive esse contato próximo com a música, mas nunca de fato envolvido diretamente, até então. Não toco nenhum instrumento", revela o artista.
Foi através de amigos e do amigo Rodrigo, conhecido pelo nome do seu projeto ParazitaH, que Willian adentrou no mundo da cena eletrônica e, mais especificamente, do psytrance. Rodrigo não só o apresentou ao estilo musical, mas também se tornou seu mentor, dando as primeiras aulas de mixagens e produção.
"Senti que deveria começar a mixar quando escutava as músicas de outros artistas e sentia vontade em misturá-las. Antes de ser produtor, comecei sendo DJ. A necessidade de começar a produzir veio quando decidi que gostaria de tocar as minhas músicas e não de outros artistas, além da necessidade de expressar os sentimentos aflorados e passar uma mensagem a quem escuta.".
Ao longo de sua jornada, ele encontrou inspiração em seus amigos, que o incentivam a sempre buscar a melhoria. Além disso, ele destaca artistas como Necropsycho, Kindzadza, CinderVOMIT, Depuratus e Yaminahua como influências significativas em seu trabalho.
"Minhas maiores referências sempre foram meus amigos. Eles me incentivam sempre a melhorar. Ver o progresso deles me motiva ainda mais a querer ser melhor. Hoje sinto que meu projeto está caminhando para uma nova fase, um estilo mais frenético mas não menos imersivo. Com percussões dançantes, leads marcantes e linhas de baixo marcantes.”.
Willian também destaca a importância de aceitar seu eu artista como um dos maiores desafios em sua carreira. Em um cenário em constante renovação, demonstrar seu diferencial nem sempre é fácil, mas ele encara esse processo diariamente em busca de constante melhoria.
Entre os momentos marcantes de sua trajetória, ele destaca a festa Zoom in Oz como um evento que ficará para sempre em sua memória. Para ele, essa festa marcou o encerramento de um ciclo e o início de outro, representando um momento de orgulho e conquistas pessoais.
"Aquele evento foi marcante demais pra mim, foi como o encerramento de um ciclo e início de outro. Um evento que irei levar sempre no meu coração com muito amor e carinho, principalmente por todos aqueles que estiveram presentes e apoiaram cada segundo. A galera vindo de longe para prestigiar, inúmeros artistas fodas, todos juntos trabalhando em prol do mesmo, foi lindo de ver e viver. Tenho orgulho de poder dizer que construí tudo isso.".
Para Tormento, tocar é uma experiência repleta de emoções intensas. Desde os preparativos até o momento no palco, ele sente uma mistura de ansiedade e alegria. Para ele, estar no palco e mostrar tudo o que foi desenvolvido ao longo do tempo é uma sensação infinita, onde o tempo parece congelar e a música se torna o foco absoluto.
"Em todas as minhas produções, tem sempre uma história por trás, seja de momentos que eu estava super feliz ou super triste. Mas de fato, a música que mais me toca e mais gosto é 'Ghostwire Abyss' e 'Interneural'. Essas tracks foram desenvolvidas em diferentes momentos da minha vida. A Ghostwire Abyss carrega um tom mais sério, de fazer o ouvinte se aprofundar em seus pensamentos e buscar em si mesmo a resposta do que procura. Já a 'Interneural' já é feita para explosão, expulsar tudo aquilo que te incomoda e te atrapalha inconscientemente, aflorar seu sentimento, seja ele qual for", compartilha Willian sobre suas criações.
O primeiro lançamento oficial foi o EP "Interneural", que possui um significado profundo em sua jornada artística. Esse lançamento marcou a definição do que ele desejava trazer ao projeto, transformando as ideias em realidade e espalhando sua mensagem pelo mundo.
"O EP também foi o encerramento de um ciclo para mim, mas em sentido à vida pessoal. Foi uma mudança de ciclo para mim, e o EP veio como uma renovação para mim mesmo.”.
O projeto Tormento surgiu recentemente, após um surto existencial que Willian enfrentou. Ele se deparou com suas experiências de vida até aquele momento e decidiu que focar no desenvolvimento desse projeto o ajudaria a seguir em frente.
O nome Tormento tem como significado uma reflexão tida por Willian, que fala sobre o significado da palavra em si complementando com a mensagem que seu projeto quer passar. "O projeto tem esse nome, pois todos nós convivemos com nossos tormentos, não tem como simplesmente você guardar os problemas numa caixinha imaginária dentro da própria mente. Precisamos enfrentá-los, e não nos esconder. Durante o tormento, você se sente agoniado, confuso, talvez até triste, mas quando passa, você tem a certeza que aquela lição te fez uma pessoa melhor. Não seremos pessoas melhores se não enfrentarmos nossos próprios tormentos. Basicamente, essa é a ideia por trás do nome. Tornar as pessoas melhores do que já são através da meditação da música.”.
Por fim, ele destaca que a maior lição que aprendeu em sua jornada musical é que se realmente queremos algo, precisamos correr atrás. Além disso, ele aprendeu a ser paciente, a confiar no processo e a sempre buscar mais conhecimento.
"De fato, a maior lição que pude ter é que se queremos mesmo uma coisa, precisamos correr atrás. Mas além disso tudo, é dar tempo ao tempo, ter paciência e confiar no processo. A música me ensinou a ser paciente e a querer sempre aprender mais.”.
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